A distribuição de gás no condomínio é uma operação segura, mas a manutenção deve estar em dia.
Quando o assunto é instalações de gás em condomínios, os cuidados devem ser redobrados. Da montagem do sistema ao uso diário da estrutura, a atenção de síndicos e moradores com as estruturas e a compreensão sobre as especificações que regulam o sistema central de gás são fortes aliadas.
Vários são os fatores que podem causar vazamento nas instalações de gás: falta de proteção anticorrosiva da tubulação subterrânea (essa é a mais frequente); falta de vedação na instalação das conexões; trincas nas conexões ocasionadas por excesso de constrição e a má conservação dos acessórios estão entre os problemas mais comuns.
Para identificar problemas e garantir a segurança das centrais de gás, a regularidade do teste de estanqueidade é a melhor alternativa. “Deve-se fazer o teste de estanqueidade a cada cinco anos. Em tubulações de grandes extensões ou de grandes diâmetros, o teste de apenas uma hora muitas vezes não garante que a tubulação esteja estanque, pois pequenos vazamentos serão percebidos apenas com muito mais tempo de teste. Assim, para esses casos, indica-se de 4 a 8 horas de teste”.
Para os ramais de apartamentos, a recomendação também é da execução do teste de estanqueidade quando há cheiro de gás ou a cada cinco anos.
Além da manutenção frequente, há outros cuidados necessários para manter a rede de gás em segurança, é importante fazer uma análise visual das tubulações, conexões e dos equipamentos que compõem a rede por completo, verificar onde acumula sujeira, que é umas das causadoras da oxidação.
Algumas questões ainda são importantes e devem estar no checklist dessa revisão, como: a pressão no manômetro do quadro de manobra deve estar marcando 1,5kgf/cm² – que é a pressão limite de fornecimento para a rede que vai para dentro do condomínio. Se a pressão estiver maior, pode ser apenas que o regulador de primeiro estágio esteja desajustado, ou mesmo, uma avaria permanente desse regulador, assim, avise a fornecedora de gás sobre isso ou chame uma empresa especializada.
MEDIDORES:
Os medidores de gás apesar de não terem prazo de validade devem ser calibrados a cada 10 anos por um laboratório credenciado, conforme determina a Portaria 31 do INMETRO. Como é necessário retirar o medidor do condomínio e enviar a um laboratório credenciado, os custos com calibração, transporte e mão de obra, às vezes, são inviáveis. Assim, os condomínios acabam tendo que fazer a substituição dos equipamentos, pois o custo as vezes é mais baixo. Já para os reguladores de gás, os fabricantes determinam que a vida útil do equipamento é de cinco anos, devido ao desgaste interno das peças.
Os moradores também devem ficar atentos à segurança dentro das unidades, pois as mangueiras de conexão dos fogões devem ser substituídas a cada cinco anos. O síndico e zelador pode orientar os condôminos para que verifiquem o prazo de validade do material e façam a troca se necessário.
RESPONSABILIDADES:
Conforme a Portaria n. 47/199 da Agência Nacional do Petróleo (ANP) a distribuidora que fornece gás ao condomínio tem responsabilidade pela manutenção e vistoria da central de gás desde onde está instalada até o primeiro regulador de pressão da linha de abastecimento.
As partes comuns (da central de gás até o quadro de medição) são de responsabilidade do condomínio. Dos medidores até os pontos de consumo dentro das unidades a responsabilidade é dos condôminos, pois esse trecho atende exclusivamente cada unidade.
Síndico deve se empenhar na conscientização dos moradores a respeito dos riscos que envolvem os aquecedores a gás, especialmente quando instalados por profissionais inabilitados, e sempre que a manutenção periódica desses aparelhos for negligenciada.