Copom enfatiza a necessidade de “maior vigilância” e destaca que conjunturas domésticas e internacionais demandam acompanhamento mais cauteloso.
Nesta quinta-feira (31), pela segunda reunião consecutiva, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros, Selic, em 10,5% ao ano.
A justificativa para manter a taxa de juros inalterada é a necessidade de “maior vigilância”, além de que as conjunturas domésticas e internacionais demandam “acompanhamento diligente e ainda maior cautela”.
Segundo ressaltou o colegiado, o cenário global incerto e o ambiente doméstico marcado pela resiliência da atividade econômica, pela elevação das suas próprias projeções de inflação, bem como a piora das expectativas.
As projeções de inflação para esse ano, segundo cenário de referência do Copom, cresceram de 4% para 4,2% e, para o ano que vem, tiveram alta de 3,4% para 3,6%.
Enquanto isso, as estimativas do indicador para o primeiro trimestre de 2026, ficam em 3,4% no cenário de referência e 3,2% no alternativo.
No comunicado, foi reafirmado que o Copom se manterá vigilante e relembra que possíveis “ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.
É importante ainda destacar que a decisão do Comitê veio em linha com a expectativa consensual do mercado financeiro.
O Copom, até o final de 2024, tem mais três reuniões, previstas para acontecer nos dias 17 e 18 de setembro, 5 e 7 de novembro e 10 e 11 de dezembro.
O Comitê ainda voltou a dizer que com relação ao cenário fiscal, diz estar monitorando com atenção os desdobramentos do tema sobre a política monetária, além dos ativos financeiros.
“A percepção dos agentes econômicos sobre o cenário fiscal, junto com outros fatores, têm impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes.”
Conforme o boletim Focus, nas últimas semanas, as expectativas foram revisadas para cima tanto para 2024 quanto para 2025.
De acordo com os economistas, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projeta fechar o ano em 4,1% e para 2025 a estimativa saltou para 3,96% ante 3,8% às vésperas do último Comitê.
Fonte: Portal Contábil